A guarda compartilhada é um modelo que visa promover o bem-estar da criança, permitindo que ambos os pais participem ativamente de sua criação, independentemente da separação ou divórcio. No entanto, para que esse modelo funcione de maneira eficaz, é essencial que haja acordos bem definidos e um bom entendimento entre os pais, evitando assim transtornos emocionais e legais para todos os envolvidos, principalmente para a criança.
O Que é a Guarda Compartilhada?
A guarda compartilhada significa que, após o fim do relacionamento, ambos os pais mantêm a responsabilidade conjunta sobre a criação e decisões importantes na vida do filho. Isso inclui desde questões educacionais até decisões sobre saúde, lazer e convívio social. A guarda compartilhada não significa que a criança passará exatamente o mesmo tempo com cada um dos pais, mas que as responsabilidades serão divididas de maneira equilibrada e que ambos terão igual voz nas decisões importantes.
Por Que os Acertos São Cruciais?
Embora a guarda compartilhada traga uma série de benefícios para o desenvolvimento da criança, o sucesso desse modelo depende de um ponto fundamental: os acertos entre os pais. A comunicação clara, o respeito às diferenças e o cumprimento dos compromissos assumidos são elementos essenciais para evitar conflitos e garantir que a criança tenha uma experiência de vida equilibrada e segura. Veja abaixo alguns pontos importantes onde os acertos podem evitar transtornos:
1. Evita Conflitos Desnecessários
Um dos maiores desafios da guarda compartilhada é a falta de comunicação ou desentendimentos entre os pais. Quando os acordos não são bem estabelecidos desde o início, podem surgir disputas constantes sobre questões como horários de visitação, participação em eventos escolares e até mesmo sobre regras de disciplina. Esses conflitos, além de prejudicarem a relação entre os pais, também afetam diretamente o emocional da criança, que pode se sentir insegura ou dividida.
2. Proporciona Estabilidade para a Criança
A criança se beneficia quando os pais estão alinhados em relação às expectativas e responsabilidades. Quando os pais entram em um acordo sobre aspectos como rotina, alimentação, horários de estudo e atividades extracurriculares, a criança consegue perceber que, apesar da separação, ambos estão presentes de maneira equilibrada e estão trabalhando juntos pelo seu bem-estar. Isso evita a sensação de instabilidade que pode surgir se houver divergências constantes entre os pais.
3. Reduz o Impacto Emocional
O processo de separação pode ser traumático para a criança, principalmente se não houver uma transição suave. A falta de acertos entre os pais pode gerar um ambiente emocionalmente conturbado, onde a criança sente a pressão de escolher um lado ou de tentar agradar ambos. Quando os pais estabelecem regras e limites claros, a criança se sente mais segura, pois sabe o que esperar de cada um e não se vê envolvida em questões adultas.
4. Fomenta o Respeito e a Cooperação
Acertos mútuos exigem que os pais mantenham uma postura de respeito e cooperação. Isso significa colocar as necessidades da criança acima de disputas pessoais e aprender a negociar de forma saudável. Quando isso acontece, os pais demonstram maturidade e comprometimento com a criança, o que, além de evitar transtornos, fortalece a imagem dos pais como figuras de apoio e confiança.
5. Previne Ações Legais Futuras
A falta de um acordo formal e claro sobre a guarda compartilhada pode levar a disputas legais longas e desgastantes. Os tribunais de família, em muitos casos, são acionados quando os pais não conseguem chegar a um consenso, o que gera custos financeiros e emocionais elevados. Acertos claros e registrados em acordo judicial podem evitar essa situação, proporcionando uma convivência mais tranquila e sem a necessidade de intervenção legal constante.
Como Fazer Acertos Efetivos?
Para que a guarda compartilhada funcione de maneira positiva, é necessário um esforço consciente de ambos os pais. Algumas dicas podem facilitar o processo:
- Estabeleça um Plano Claro: Defina horários, responsabilidades e direitos de cada um com antecedência. Isso inclui visitas, feriados, férias e decisões sobre saúde e educação.
- Mantenha a Comunicação Aberta: Use meios de comunicação eficientes e respeitosos para discutir questões relacionadas à criança, como aplicativos de mensagens, e-mails ou até mesmo encontros periódicos.
- Priorize o Bem-Estar da Criança: Evite discussões sobre questões pessoais ou ressentimentos durante as interações relacionadas à criança. Lembre-se de que o foco deve ser sempre o bem-estar dela.
- Busque Ajuda Profissional, se Necessário: Em casos de dificuldade para chegar a um acordo, pode ser útil contar com a ajuda de mediadores ou terapeutas familiares, que podem auxiliar no processo de comunicação e resolução de conflitos.
Conclusão
A guarda compartilhada tem o potencial de ser uma solução benéfica para o desenvolvimento de crianças cujos pais se separaram. No entanto, para que ela funcione de maneira eficaz, é fundamental que os pais estabeleçam acertos claros e mantenham um bom relacionamento. Ao evitar conflitos e priorizar o bem-estar da criança, os pais contribuem para um ambiente saudável, seguro e equilibrado, onde a criança pode se desenvolver plenamente, sem os transtornos emocionais causados por disputas constantes. Assim, a guarda compartilhada deixa de ser um desafio e passa a ser uma oportunidade para a cooperação e o crescimento mútuo.